sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Crítica – Caça aos Gângsteres

Um policial durão e incorruptível se cansa do domínio de um chefão da máfia sobre sua cidade e monta um esquadrão para trabalhar independente da corrupta polícia e por um fim a este reino de crimes, essa é a premissa de Os Intocávei…opa…err…de Caça aos Gângsteres que, como podem ver, tem uma sinopse rigorosamente semelhante ao clássico de 1987 dirigido por Brian de Palma e isso já indica que não veremos um filme muito inovador ou criativo.
Ambientado na Los Angeles no fim dos anos 40, acompanhamos o detetive O’Mara (Josh Brolin) formar seu grupo de intocáv….digo…esquadrão anti-gângsteres para deter psicótico mafioso Mickey Cohen (Sean Penn). Apesar do elenco de renome que contem ainda Ryan Gosling, Giovanni Ribisi, Robert Patrick e Emma Stone, os personagens não passam de um bando de estereótipos que vão, além dos já citados, para o velho pistoleiro (Patrick), o galã com problemas de jogo (Gosling), o certinho e idealista (Ribisi) e por aí vai, sem nunca desenvolvê-los de modo satisfatório ou tentar fazer deles algo além destes estereótipos. O roteiro tampouco oferece algo além de um desenvolvimento apressado (temos a sensação de que se passaram poucos dias e não os meses que de fato passam), e previsível.

O filme investe em um clima sombrio, quase como um film noir, com a fotografia trabalhando o contraste entre os coloridos tons pasteis da Los Angeles diurna com a paleta de cores cinzenta da noite em que os criminosos operam. A isso, se soma uma violência bastante gráfica que não economiza no sangue e nos desmembramentos, mas as cenas de ação do filme não mostram nada de realmente novo ou empolgante e ainda trazem um tiroteio numa escadaria que só não é igual a Os Intocáveis por não conter um carrinho de bebê caindo escada abaixo.
No fim das contas, Caça aos Gângsteres serve de evidência que repetir uma fórmula conhecida e bem sucedida não é garantia de êxito. Ao invés de oferecer um novo olhar ou personagens interessantes, o diretor Ruben Fleischer (do bacaníssimo Zumbilândia) se limita a realizar um filme raso e preguiçoso.
Nota: 3/10

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